Numa conversa que hoje tive com a minha amiga Sílvia, voltei a juntar mais umas peças neste puzzle gigante que é a minha vida e consolidei de uma forma mais profunda e intensa uma serie de coisas sobre mim que não quero esquecer, por isso achei melhor colocar aqui, visto que o que entra na net jamais sai! Só para o caso de uma dia mais tarde me esquecer ;)
Percebi o papel de uma pessoa na minha vida e o que ele personifica. Ele insistiu, ele lutou à sua maneira por mim e isso fez com que eu me apegasse a ele e me sujeitasse e tudo aquilo pelo qual passei. Mesmo não me tratando da melhor maneira ele teve lá, não teve vergonha do que eu era. Criou em mim uma dependência emocional e psicológica da qual eu não me conseguia livrar quando estava menos bem, eu queria voltar a beber daquela fonte, ela fazia sentir-me desejada, viva e amada, coisa que nunca me tinha permitido sentir e que nunca mais me voltei permiti sentir.
Ele fazia sentir-me “normal”, que era apenas uma rapariga apaixonada e que de alguma forma era correspondida! E não aquela pessoa que não tinha ninguém que era gorda e feia. E eu não consegui superar isso, agarrei-me a ele como quem se agarra à droga e quer mais um bocado daquilo, mais um bocado de vida, mas sem perceber que eu é que comandava a vida e não a droga. Não fui forte, fui fraca, sujeitei-me a coisas que me marcaram durante anos a fio e com as quais só agora consigo fazer as pazes e perceber que tudo não passa de um processo de evolução, mas que só conseguimos evoluir se tivermos as condições certas, se não, só mais tarde é que podemos vir a descodificar tudo aquilo que aconteceu e por que razão aconteceu!
Todas as pessoas que passam pela nossa vida amorosa (e não só) marcam-nos para sempre, podemos não nos aperceber, mas isso acontece. E se não acreditarmos em nós, se tivermos vergonha do que somos e medo de sofrer e nos magoar só vamos piorar o nosso cenário! Acreditem nos que vos digo, falo com profundo conhecimento de causa. Acabamos por culpar os outros por tudo, por não gostarem de nós o suficiente, por terem vergonha, por não lutarem e depois quando aparece alguém que está disponível a fazer tudo isso, o que faço eu? (e talvez, alguns de vocês) Pois bem, fecho-me a sete chaves e fujo a sete pés dali para bem longe, pois o meu medo é superior à minha vontade. Reger-me pelo medo de lutar, de sofrer de me magoar, de perder, é mais seguro e isso dá-me alento, pois essa é a minha zona de conforto! E devido a isso não luto, baixo os braços e resigno-me, afinal é mais do mesmo e isso já me é conhecido, com isso já sei lidar!
Agora apenas sei que fiz as pazes com o meu passado, e juntamente com isso, também fiz as pazes com uma parte de mim, por isso só tenho a agradecer à vida por me permitir aprender esta lição, que tudo faz parte da vida, o ganho e a perda. O truque está em saber como lidar com ambos ;)
Que lindo! Ainda bem que conseguiste ver isso e entender que foi uma grande aprendizagem. Love you ;)
ResponderEliminar